Crônicas de um coração "quase" ileso |
Tudo acontece tão rápido que mesmo se seu cérebro quisesse impedir não conseguiria mais, os outros sentidos já haviam feito uma revolução, tomado conta e como se a felicidade, difícil de digerir, tivesse se tornado, de repente, enjôo. E ela tentando inutilmente se convencer que tinha algum controle da situação, pensava:
- A maçã do paraíso, "mordo ou não? ... What the hell, why not?".
a maçã do paraíso "mordo ou não? |
Dentro de algumas horas ela iria entrelaçar seus dedos em seu pescoço, olhar naqueles olhos languidos, olhar de quem acabara de ter um orgasmo, morder aquela boca-coração com nuances avermelhados que combinam perfeitamente com seu rosto magro, emoldurado pela sua barba-mal-feita tão bem feita.
"Não consigo mais conter minha libido." |
Essa ansiedade vai corroendo o resto que a úlcera deixou...
E em um sono de beleza, acordada como uma princesa da Marvel; o beijo do homem aranha. Sim, de ponta cabeça! Sente seu mundo fugir aos sentidos... e naquele momento, somente dois lábios saciando aquela vontade.
O primeiro toque, a primeira vez, a química de um explosivo, química tão sensivel que pode explodir e não ter mais controle. Tenta se conter, a voz quer sair, sussurrar é a solução: Ahhhh...!!!
beijo de Princesa da Marvel |
Ele a chama de doidinha e de linda na mesma frase e diz que tem que manter os pés no chão.
- Não vejo a hora de ficarmos a sós. Vamos embora?
- Vamos. É claro que vamos. (ela irônicamente responde)
No caminho fica tentando arrumar uma desculpa pra si mesma pra não entrar dentro daquele quarto, engolir ele inteiro, deliciar-se com cada pedacinho dele e com uma chave-de-perna segurar-lhe e ficar ali, roendo seus ossos enquanto ele dorme.
E ela diz, claramente numa mentira sincera: - isso é só passageiro, só uma brincadeira!!!
Ela queria ter a coragem de saber o que a prende, a paralisa! Será que são seus olhos que a fazem cruzar essa divisa? Ou será a sua curiosidade de uma aprendiz diante de um mundo de descobertas?
No fim do corredor |
E ele olha pra ela querendo dizer “Não me odeie quando nós formos embora e pedir pra você me esquecer?” E ela, como que por telepatia, responde que está tudo bem. Mas, ia ser tão bom se pudessemos ficar ali, num infinito particular.
Ficam ali acordados até perceberem que a noite virou dia. Rindo um da cara de bobo do outro, ele a chamando de maluca, ela ficando com os dedos dos pés amortecidos e perdendo toda sua dignidade em cada gargalhada que ele dava com seu dente perfeito recentemente tocados pelos seus lábios.
“Dorme gatinha, amanhã nos vemos.” Então ela vira as costas e ele sai de um jeito que só ele saberia, e ela fica ali, tentando pensar em algum jeito de sair daqueles braços com o coração "quase" ileso.
História retirada e inspirada nas Cronicas de uma Duquesa.
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